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Nossa história

O Instituto Antônio Houaiss é especializado em lexicografia e na criação de conteúdo de referência. Foi criado em 1997, com o intuito de elaborar um dicionário que representasse um novo paradigma da Língua Portuguesa.

O Grande Dicionário Houaiss foi publicado em agosto de 2001 e, desde então, o Instituto Antônio Houaiss vem dedicando-se ao desenvolvimento constante deste e de novos produtos

Antônio Houaiss†
15 de outubro de 1915 - 7 de março de 1999
Descendente de imigrantes libaneses, Antônio Houaiss cedo transcenderia o anonimato, convidado, aos 16 anos, pelo filólogo e professor Ernesto Faria Júnior, para lecionar português. Trabalhador estrênuo e devorador de cultura, a vida inteira marcaria sua presença com reconhecido brilho, quer como diplomata de carreira, quer em cargos como o de ministro de Estado da Cultura e de residente da Academia Brasileira de Letras. Na década de 1960 foi relator da IV Comissão da Assembleia Geral das Nações Unidas, cuja atribuição era conduzir o processo de descolonização de países africanos e asiáticos.
Sua contribuição em outros domínios, nomeadamente a bibliologia, a documentação, a crítica textual e a literária, a tradução e a lexicografia, foi caracteristicamente a de um intelectual de obstinado rigor e de um inventivo investigador, sempre atuante e comprometido com os problemas da cultura e da língua portuguesa. Em 1960, elegeu-se membro da Academia Brasileira de Filologia.
Seu livro Sugestões para uma política da língua (1960) é marco miliário no hoje superado debate sobre a chamada língua brasileira. Em A crise da nossa língua de cultura (1983), acerca de conceituações de língua, sistema, norma e fala, Houaiss sugeriu a distinção luminosa entre isonomia estrutural e heteronomia cultural, que trouxe novo esclarecimento ao cerne da questão. O Português do Brasil (1985) sustenta a luta pela alfabetização e a escolarização como fundamento essencial do depósito e manutenção das características e saberes por nós adquiridos e acumulados, que nos tornam entidade autônoma em relação a outras pelo mundo.
Seus Elementos de bibliologia (1967) são o tratado mais abrangente que se escreveu em português sobre questões documentais e em particular bibliológicas – a arquitetura e a feitura do livro, a ecdótica, problemas normativos sobre textos medievais e modernos, normalização de revisão, partes do livro etc. Desenhou, organizou e realizou, em dez anos, as duas enciclopédias mais importantes feitas no Brasil, A grande enciclopédia Delta-Larousse e a Enciclopédia Mirador internacional. Foi também autor de dois dicionários bilíngues inglês-português e supervisionou editorialmente um dicionário enciclopédico de porte médio. Organizou o Vocabulário Ortográfico da Língua Portuguesa, da Academia Brasileira de Letras, e foi delegado porta-voz brasileiro do Projeto do Acordo Ortográfico da Língua Portuguesa – aprovado em Portugal por decreto legislativo da Assembleia da República em 1991 e no Brasil por decreto legislativo do Congresso Nacional brasileiro em 1995. Foi o erudito tradutor para o português do Ulisses de James Joyce e, entre outros trabalhos visionários de crítica literária e crítica textual, escreveu Drummond mais seis poetas e um problema e Introdução filológica às Memórias Póstumas de Brás Cubas, de Machado de Assis.
Em fevereiro de 1986, deu início à elaboração do Grande dicionário Houaiss da língua portuguesa, interrompida em 1992 por carência de financiamentos. Em março de 1997, em associação com Francisco Manoel de Mello Franco e Mauro de Salles Villar, fundou no Rio de Janeiro o Instituto Antônio Houaiss de Lexicografia com o fito primeiro de retomar a feitura da obra, interrompida havia cinco anos. Em dezembro de 2000, os trabalhos foram dados por concluídos por sua equipe, mas Houaiss falecera pouco mais de um ano antes, deixando para sua equipe a missão de realizar seu sonho no fim da vida: a edição desse grande dicionário e de outros que viriam em sua esteira, como a presente obra.